O documentário “O lado Negro do Chocolate” retrata
maioritariamente uma investigação feita a uma das maiores empresas do mundo de
cacau, a Nestlé. É importante realçar que em 2001 foi assinado o protocolo de
Harkin & Engel, que declarava a proibição do trabalho infantil. Assim, o
assunto patente nesta investigação era se realmente após a assinatura do
protocolo pelas empresas, ainda existia o tráfico de crianças na Costa do
Marfim para trabalharem nas plantações de cacau. Nestas plantações, as crianças
eram expostas a um trabalho forçado e pesado, com poucas condições. Empresas
como a Nestlé, Barry Callebaut negaram possuir qualquer conhecimento acerca do
assunto. No entanto, após a investigação de Miki Mistrati, provou-se que
realmente existia a violação do protocolo por fábricas como a Nestlé. Esta
recusou-se a prestar qualquer tipo de declarações.
Assim, o tráfico realizado internamente por estas empresas
põe em causa os direitos fundamentais do ser humano que muitas vezes não são
reconhecidos. No caso da denúncia feita por Miki Mistrati à Nestlé da
existência de trabalho infantil ilegal e a indiferença por parte desta,
demonstra que existem vários fatores que levam ao conflito entre estas grandes
empresas e a valorização dos valores fundamentais, não querendo a Nestlé
assumir qualquer responsabilidade.
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